Muitos já jogaram esse intrigante jogo. Pedra ganha de tesoura. Tesoura ganha de papel. Papel ganha de pedra. Elementos similares resultam em um empate simbólico que, geralmente, acaba em uma briga de faca com uma roda de curiosos incentivando o enriquecimento do caderno de obituários.
Sim estou falando do misterioso Jó-quem-pô, brincadeira essa ensinada nos jardins de infância por tias solteironas que equilibram cigarros com cinzas quilométricas e trajam calças jeans que fecham acima do umbigo. Esse jogo nos persegue por toda a vida, no colégio, na faculdade, em entrevistas de emprego, ou seja, em todos os lugares e épocas de nossas trajetórias.
Poucas pessoas porém, sabem a verdadeira origem dessa misteriosa prática. Segundo relata o Manual dos Curiosos para Ocultismo, o Jó-quem-pô surgiu em meados do século XII. A Terra ainda era povoada por bravos cavaleiros, bárbaros cruéis e princesas anoréxicas. O caos era a palavra chave para descrever o que acontecia com a população de um pequeno povoado localizado onde hoje se encontra a ilha paradisíaca do Japão.
A pequena vila conhecida apenas por Pi, era perseguida por uma maldição terrível. Maldição essa, pior do que praga de preta véia em uma encruzilhada entre o canal 3 e o 4 de Santos, utilizando 1 frango transgênico, um punhado de confetes e 300 ml de batida de caju.
Contava a lenda que um bravo samurai arrumou uma confusão daquelas em um boteco da sua rua. Após entornar inúmeros “shots” de saquê de terceira, o cabra se meteu em uma arriscada disputa de dominó com um velho sábio. Irritado por ter apenas uma peça dupla de 1, virou a mesa bagunçando o jogo milenar.
Todas as pessoas estudadas sabem que não é de bom grado, profanar um jogo de dominó, as conseqüências podem ser catastróficas. Mas o samurai fora de si o fez. Nas semanas seguintes a aldeia foi atingida por uma série de pragas, similares às da bíblia, porém em proporções muito maiores. Todos os homens da aldeia tiveram seus órgãos genitais, antes quilométricos, reduzidos a mixarias. As mulheres passaram a produzir um muco viscoso na palma de suas mãos fazendo com que o antes famoso arroz soltinho japonês, ficasse empapado. As crianças pararam de ter prazer em brincar e passaram a escrever livros de física quântica e processamento de dados.
Mas aonde entra o Jó-quem-pô nessa história? Pois bem, depois de tantas catástrofes um grupo de bravos guerreiros se juntou para tentar dar fim à praga. Cada um vinha de uma região diferente e tinha, conseqüentemente, uma habilidade específica. “Jó” era habilidoso atirando pedras e vinha de uma academia de jiu-jitsu por onde passaram grandes nomes como Davi (aquele que deu um pau no Golias). “Quem” era especializado na manipulação de tesouras. Em sua aldeia era conhecido como Edward, e fazia esculturas em plantas e gelo. Para completar esse trio vinha o franzino “Pó”, um jovem que era contra a violência, mas era obrigado a ser herói pelo seu pai, um tradicionalista da época. O sonho de Pô era ser um artista do papel, dobrando-os de todas as formas, transformando-os em animais, caixas e enfeites.
O corajoso trio iniciou sua jornada pelas montanhas frias do norte, atrás do Templo do Sagrado Dominó. Contava a lenda que se três destemidos guerreiros encontrassem o templo e respondessem a uma complexa pergunta, a maldição acabaria. Após uma caminhada de 100 dias e 89 noites, os heróis chegaram ao local sagrado.
Ao adentrarem no recinto construído pelos Incas (vocês repararam como esses malditos estão em todo lugar?), o trio se deparou com um velho sábio, o mesmo que jogara anos antes o capcioso jogo com o samurai. O velho olhou profundamente para os três e disparou: “Um de vocês gosta de guardar a capa da espada do pai no próprio corpo. Se vocês descobrirem qual é, sem pronunciarem uma palavra sequer, a maldição acaba”.
Os três se entreolharam e mutuamente concordaram que a melhor maneira seria uma briga até a morte. O último que sobrevivesse, revistaria as calças dos companheiros para descobrir quem era o “engole-espadas”. Começou então uma feroz disputa de “Pedra-tesoura-papel”.
Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Uns dizem que os três desistiram e montaram uma agência de publicidade em Floripa. Outros juram que o único que sobrou foi o Pô, que acabou juntando as tralhas com o velho sábio. Mas a única coisa que todos sabem é que a maldição continuou.
Os três guerreiros são lembrados até hoje em disputas importantes ao redor do mundo com o jogo “Jó-quem-pô”. Ou você acha que a Guerra Fria foi decidida em confrontos armados?
Sim estou falando do misterioso Jó-quem-pô, brincadeira essa ensinada nos jardins de infância por tias solteironas que equilibram cigarros com cinzas quilométricas e trajam calças jeans que fecham acima do umbigo. Esse jogo nos persegue por toda a vida, no colégio, na faculdade, em entrevistas de emprego, ou seja, em todos os lugares e épocas de nossas trajetórias.
Poucas pessoas porém, sabem a verdadeira origem dessa misteriosa prática. Segundo relata o Manual dos Curiosos para Ocultismo, o Jó-quem-pô surgiu em meados do século XII. A Terra ainda era povoada por bravos cavaleiros, bárbaros cruéis e princesas anoréxicas. O caos era a palavra chave para descrever o que acontecia com a população de um pequeno povoado localizado onde hoje se encontra a ilha paradisíaca do Japão.
A pequena vila conhecida apenas por Pi, era perseguida por uma maldição terrível. Maldição essa, pior do que praga de preta véia em uma encruzilhada entre o canal 3 e o 4 de Santos, utilizando 1 frango transgênico, um punhado de confetes e 300 ml de batida de caju.
Contava a lenda que um bravo samurai arrumou uma confusão daquelas em um boteco da sua rua. Após entornar inúmeros “shots” de saquê de terceira, o cabra se meteu em uma arriscada disputa de dominó com um velho sábio. Irritado por ter apenas uma peça dupla de 1, virou a mesa bagunçando o jogo milenar.
Todas as pessoas estudadas sabem que não é de bom grado, profanar um jogo de dominó, as conseqüências podem ser catastróficas. Mas o samurai fora de si o fez. Nas semanas seguintes a aldeia foi atingida por uma série de pragas, similares às da bíblia, porém em proporções muito maiores. Todos os homens da aldeia tiveram seus órgãos genitais, antes quilométricos, reduzidos a mixarias. As mulheres passaram a produzir um muco viscoso na palma de suas mãos fazendo com que o antes famoso arroz soltinho japonês, ficasse empapado. As crianças pararam de ter prazer em brincar e passaram a escrever livros de física quântica e processamento de dados.
Mas aonde entra o Jó-quem-pô nessa história? Pois bem, depois de tantas catástrofes um grupo de bravos guerreiros se juntou para tentar dar fim à praga. Cada um vinha de uma região diferente e tinha, conseqüentemente, uma habilidade específica. “Jó” era habilidoso atirando pedras e vinha de uma academia de jiu-jitsu por onde passaram grandes nomes como Davi (aquele que deu um pau no Golias). “Quem” era especializado na manipulação de tesouras. Em sua aldeia era conhecido como Edward, e fazia esculturas em plantas e gelo. Para completar esse trio vinha o franzino “Pó”, um jovem que era contra a violência, mas era obrigado a ser herói pelo seu pai, um tradicionalista da época. O sonho de Pô era ser um artista do papel, dobrando-os de todas as formas, transformando-os em animais, caixas e enfeites.
O corajoso trio iniciou sua jornada pelas montanhas frias do norte, atrás do Templo do Sagrado Dominó. Contava a lenda que se três destemidos guerreiros encontrassem o templo e respondessem a uma complexa pergunta, a maldição acabaria. Após uma caminhada de 100 dias e 89 noites, os heróis chegaram ao local sagrado.
Ao adentrarem no recinto construído pelos Incas (vocês repararam como esses malditos estão em todo lugar?), o trio se deparou com um velho sábio, o mesmo que jogara anos antes o capcioso jogo com o samurai. O velho olhou profundamente para os três e disparou: “Um de vocês gosta de guardar a capa da espada do pai no próprio corpo. Se vocês descobrirem qual é, sem pronunciarem uma palavra sequer, a maldição acaba”.
Os três se entreolharam e mutuamente concordaram que a melhor maneira seria uma briga até a morte. O último que sobrevivesse, revistaria as calças dos companheiros para descobrir quem era o “engole-espadas”. Começou então uma feroz disputa de “Pedra-tesoura-papel”.
Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Uns dizem que os três desistiram e montaram uma agência de publicidade em Floripa. Outros juram que o único que sobrou foi o Pô, que acabou juntando as tralhas com o velho sábio. Mas a única coisa que todos sabem é que a maldição continuou.
Os três guerreiros são lembrados até hoje em disputas importantes ao redor do mundo com o jogo “Jó-quem-pô”. Ou você acha que a Guerra Fria foi decidida em confrontos armados?
5 comentários:
Parabéns Josef...
Menino Stefan, "o antes arroz soltinho japonês ficou empapado" é o mlehor, hehehe. Belo texto!
Meu e-x-c-e-l-e-n-t-e! Muito engraçado mesmo! Rachei o bico mais uma vez!
Publica isso em uma coluna!
Abraço!
Luiz Fernando
Só quem te conhece de longa data pra acreditar que essa criatividade toda sai de dentro dessa cabecinha! PUBLIQUE!!
Todo mundo deve dizer isso, então acho que vou começar uma campanha pra incluirem uma coluna das suas verdades na Folha de São Paulo!!! Ia ganhar do Macaco Simão de longe.
Beijos,
saudades,
da Cá!
Meu, exatamente o que a Cá disse eu pensei quando falei para você publicar... O potencial é grande...
Siderurgia, três guerreiros, Mc Donalds, muito bom HAHAHAHAHAHA
Té
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