segunda-feira, março 12, 2007

A origem de George W. Bush


Essa sim é uma pergunta difícil de responder. Vou primeiro explicar então de onde veio o tema de hoje.

Meme, como é conhecida a corrente, nada mais é do que um tema escolhido e disseminado por diversos blogueiros em seus respectivos blogs. Duas pessoas me convidaram para escrever sobre o assundo da vez: George Bush. Drudi (musik4friends.blogspot.com) e Mineiro (blogdopaisimao.blogspot.com). Essa web 2.0 realmente é impressionante. Agradeço ao convite e vamos ao jogo.

O que leva o governo brasileiro a mobilizar cerca de 4.000 homens para a segurança de uma pessoa? O que faz o mesmo governo fechar as principais avenidas e ruas da capital econômica do país, deixando milhões de cidadãos presos no tempo? O que leva essa pessoa, mesmo com todas essas regalias, a trazer sua própria comida e até mesmo a água que vai beber? Ingratidão? Uma visão distorcida da realidade?

Pensei durante algum tempo nessas questões e decidi procurar por uma resposta no único lugar onde a política ainda é tratada como uma profissão digna e compreensível. Assoviei para o táxi que passava milagrosamente por mim. Fechei a porta e informei o destino ao barbudo de meias azuis e papetes.

O carro freou. Paguei o bom homem com o qual tive lições importantíssimas sobre a lubrificação das engrenagens, a manutenção dos bancos de couro e universitárias levemente alcoolizadas.

Olhei o prédio a minha frente. Um prédio grande, espelhado, com seguranças robustos na porta. Reconheci o endereço na hora. Virei-me, atravessei a rua e dei de cara para uma espelunca pequena e mal freqüentada. Não há como negar. Quer saber qualquer coisa sobre política contemporânea? Vá a um boteco na Av. Berrini, uma das avenidas que sofreram com a visita do presidente americano, sente-se em uma das cadeiras de aço, apóie um breco na mesa velha e enferrujada, levante apenas uma mão e proclame a frase:

- Amigo, me vê uma “marvada” e uma conversa sobre política.

Prontamente aparece o garçom, com a cachaça em uma das mãos e um sociólogo na outra.

- Já vou ta avisar que esse aqui tá encostado faz um tempo – alerta o garçom em tom de reprovação – Qualquer coisa me avisa que eu troco.

Foi só o garçom se afastar da mesa que o senhor de meia idade começou a esbravejar. Vi que se tratava do modelo original já que estava com seu traje de guerra. Uma armação de óculos de proporções astronômicas, camisa xadrez surrada, shorts e Mocassin sem meia. O bolso da camisa só não havia explodido graças a um milagre de Madre Tereza de Calcutá. Canetas, notas de dinheiro, cartões de visita, calculadora, crachá, game-boy, e um pequeno frango de borracha habitavam o vão do tecido. Nada de anormal levando em consideração que se tratava de um antropólogo.

- Sabe que, apesar de tudo, acho que a visita do cara vai ser positiva – esbravejava o homem.

- É mesmo? E por quê? – indaguei.

- Por que assim ele pode ver que nosso país não é formado apenas por mulheres e futebol. Somos uma sociedade antropofágica com uma história...

- Quer uma pinga? – perguntei apreensivo.

- Claro – sorriu o homem.

- Garçom traz mais uma fazendo o favor.

É importante vocês entendam o porquê dessa minha interrupção. Quando um antropólogo se empolga para falar de antropofagia e brasilidades não há quem o pare depois. Pode soltar um urso bailarino em cima que ele não pára. Eu mesmo já tentei jogar água gelada, passar as unhas na lousa e, até mesmo, ficar falando com voz de namorada apaixonada. Nada adiantou.

A cachaça chegou. O homem deu apenas um gole pequeno e me estendeu a mão.

- Meu nome é Ubiratan. O nome é indígena. Uma vez uma deusa da natureza...

- E o que você sabe sobre o Bush? – perguntei antes que mais uma história sem fim se iniciasse.

- Ah, aquele pequeno crápula – disse o homem tirando a pesada armação de seu rosto – Eu tenho uma ou duas histórias sobre esse rapaz.

Enquanto limpava seus óculos me olhou demoradamente. Confesso que pensei em ir embora prevendo que me daria uma lição sobre Caetano Veloso.

- O George costumava freqüentar esse bar.

- Como assim? – perguntei indignado – Ele não é americano?

- Claro que não – disse Ubiratan com um sorriso malicioso – É isso que eles querem que você pense. A Globo faz lavagem cerebral no seu público. Tem um artigo escrito por um amigo meu que...

- Bira!– interrompi – Eu quero saber o que aconteceu com o Bush.

A história que se seguiu é inacreditável. Por isso se tiver problemas de coração, falta de humor ou simplesmente descobriu agora que este blog não é legal, pare de ler agora.

Segundo Bira, George estudou em uma das famosas EEE´s brasileiras, os vulgos colégios públicos. EEE Manuel da Nóbrega. EEESP Padre Grancindo dos Santos. EEEPG Fernandinho Beria-Mar. Não importava o nome, Bush passou por todas.

George Bush ou Gb como era chamado pelos colegas, era filho de americanos. Estava no Brasil graças a um programa experimental do governo dos Eua. Seu pai havia assinado um documento, anos antes, apostando o futuro de seu filho em uma partida de dominó. Para quem acompanha esse blog, sabe que essa partida pode ser extremamente perigosa. Pois bem, George pai perdeu e com isso, comprometeu a vida de seu filho.

Gb era o pior aluno da sala. Vivia tirando notas baixas, arrumando confusões com seus colegas de classe. Em uma coisa levava jeito. Ele matava aulas como ninguém. Principalmente se essas aulas fossem afegãs, iraquianas ou norte-coreanas. Durante o tempo que passava longe da escola freqüentava uma república de estudantes intercambistas.

Lá foi apresentado pela primeira vez a um cubano. Henrico estava no Brasil para estudar os brasileiros e sua cultura. De cara Manuel e Bush se estranharam. Isso tudo graças a uma piada fora de hora de Gb sobre ilhas, macacos armados e xampu de barba anti-caspa. Os dois rolaram pelo chão da sala, trocando socos e pontapés. Bush levou a pior. Voltou para seu lar adotivo com escoriações por todo o corpo e um olho roxo.

Você deve estar se perguntando qual foi essa experiência a qual ele fora submetido pelo governo. Bush foi enviado a um lar adotivo para testar as reações de uma criança americana abandonada em um país latino. É importante lembrar que os Eua achavam que o país era governado por orangotangos e que as pessoas viviam em árvores, o que tornava a experiência muito mais interessante. Fazer o que?

O importante é que Bush voltaria para dar as coordenadas exatas de onde ficava o Brasil para que a imponente nação americana tomasse finalmente a Amazônia (lembre-se que na época não havia GPS, o único Guia Mais americano). O problema é que Gb voltou pouco tempo depois para seu país e consigo levou o rancor pelos anos de sofrimento.

Até ser eleito já tinha conseguido provar que Cuba, uma ilha, era o pior inimigo do país. Que Iraque e Afeganistão eram detentores de um potencial bélico capaz de forçar o mundo a iniciar a Terceira Guerra Mundial. E, finalmente, que o Brasil podia esperar. Afinal onde já se viu abrigar gente de toda parte, morando juntos em harmonia? Só podia ser coisa dos orangotangos.

E como ele convenceu um país inteiro com essa história? Bem não é tão difícil persuadir uma nação que reelege Gb como presidente.


Para continuar esse MEME convido a Dine (http://dine.tk/blog).

4 comentários:

Fernando disse...

Finalmente estou aqui. Seu colega, ex-chefe, FT. hahahaha...

Meu caro SS, ótimo texto, mas nao entendi. A história continua em outro blog, é isso?

PH disse...

Velhinho, você se supera.....
Grande abraço!
Versão do Mal.

Vinícius disse...

Boa Polas! Adorei!

Anônimo disse...

Meu, muito bom! Hahahahahahahahaha!!
hahahahahahahahahahaha!!!

Falou, grande abraço.